tem muito amor
Não sabem o que
sinto e o que sou.
Não sabem que
passou, um dia,
a Dor
À minha porta e,
nesse dia, entrou.
E é desde então
que eu sinto este
pavor,
Este frio que
anda em mim,
e que gelou
O que de bom me
deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei
por onde ando e
onde vou!
Sinto os passos da
Dor, essa cadência
Que é já tortura
infinda, que é
demência!
Que é já vontade
doida de gritar!
E é sempre a
mesma mágoa,
o mesmo tédio,
A mesma angústia
funda, sem remédio,
Andando atrás
de mim, sem me
largar!

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